quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DIRETRIZES E PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

PARÂMETROS E DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS



O que são Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)?



     São referências de qualidade para os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país, elaboradas pelo Governo Federal em 1996. O objetivo dos PCN é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. Não possuem caráter de obrigatoriedade e, portanto, pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais.
    Pode-se também resumir os objetivos em: propiciar subsídios à elaboração e reelaboração do currículo, tendo em vista um projeto pedagógico em função da cidadania do aluno e uma escola em que se aprende mais e melhor. Além disso, visa padronizar o ensino no país, estabelecendo pilares fundamentais para guiar a educação formal e a própria relação escola-sociedade no cotidiano.
     A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCN não são uma coleção de regras que pretendem ditar o que os professores devem ou não fazer. Mas sim, que são uma proposta inovadora e abrangente, expressam o empenho em criar novos laços entre ensino e sociedade e apresentar idéias do "que se quer ensinar", "como se quer ensinar" e "para que se quer ensinar". Os PCN não são uma coleção de regras e sim, um pilar para a transformação de objetivos, conteúdo e didática do ensino.

     Divididos em disciplinas, os parâmetros abrangem práticas de organização de conteúdo, formas de abordagem das matérias com os alunos, a aplicação prática das lições ensinadas e a melhor conduta a ser adotada pelos educadores em situações diversas. 
     Por exemplo:




O que são Diretrizes Curriculares Nacionais (PCN)?


  São normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
     As DCNs têm origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que assinala ser incumbência da União "estabelecer, em colaboração com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum".


    A idéia das DCNs considera a questão da autonomia da escola e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a montar seu currículo, recortando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos que lhe convêm para a formação daquelas competências que estão explicitadas nas diretrizes curriculares. Dessa forma, a escola deve trabalhar esse conteúdo nos contextos que lhe parecerem necessários, considerando o tipo de pessoas que atende, a região em que está inserida e outros aspectos locais relevantes.


     De acordo com o CNE, as diretrizes curriculares contemplam elementos de fundamentação essencial em cada área do conhecimento, campo do saber ou profissão, visando promover no estudante a capacidade de desenvolvimento intelectual e profissional autônomo e permanente. Dessa forma, foram estabelecidas:


a) Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;


b) Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental;


c) Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;


d) Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores.


     As DCNs se diferem dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Enquanto as DCNs são leis, dando as metas e objetivos a serem buscados em cada curso, os PCNs são apenas referências curriculares, não leis.

INTERDISCIPLINARIDADE

O QUE É INTERDISCIPLINARIDADE?




       É um movimento, um conceito e uma prática que está em processo de construção e desenvolvimento dentro das ciências e do ensino das ciências, sendo estes, dois campos distintos nos quais a interdisciplinariedade se faz presente.

     Definir um objeto que está em construção, co-existindo com aquele que o estuda é uma tarefa difícil e até certo ponto parcial, uma vez que este objeto está se transformando e se alterando, assim, toda discussão sobre interdisciplinaridade é passível de análise comparativa com o material contemporâneo sobre o tema até que este esteja melhor desenvolvido e articulado, muito mais pela prática do que pela teoria, uma vez que a interdisciplinariedade esta acontecendo, e a partir disso, uma teria tem sido desenvolvida.


     Abaixo, um vídeo com um resumo bem interessante do tema:



NÍVEIS DE INTERAÇÃO
     Um estudo epistemológico é proveitoso para a delimitação do tema: Existem quatro palavras que são particularmente relacionadas entre si e todas delimitam uma abordagem cientifica e educacional: Multidisciplinaridade; Pluridisciplinaridade; Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade.


    O que há em comum nestas palavras é a palavra disciplinaridade/disciplina, que deve ser entendida como aquelas "fatias" dos estudos cientificos e das disciplinas escolares, tais como matemática, biologia, ciencias naturais, historia, etc. e de um esforço em superar tudo o que esta relacionado ao conceito de disciplina. Assim, interdisciplinaridade é parte de um movimento que busca a superação da disciplinaridade.




CURRÍCULO: CONHECIMENTO E CULTURA


CULTURA x CURRÍCULO


   Um currículo atualmente deve se voltar para a formação de cidadãos críticos, comprometidos com a valorização da diversidade cultural, da cidadania e aptos a se inserirem num mundo global e plural. A partir do século XX, o currículo passa a ser visto como uma construção, uma seleção da cultura que deve estar comprometida com a emancipação das classes oprimidas, com a ligação de conteúdos a experiências vividas por essas classes, de maneira a provocar uma conscientização de suas condições de vida e uma perspectiva de mudança destas. O caráter excludente de algumas escolas e do currículo tradicionais, que reproduzem as desigualdades sociais, ao trabalhar com padrões culturais distantes das realidades dos alunos devem ser abolidos, pois além de expulsar, via reprovação e evasão, os alunos que mais necessitam da escola para sua educação, não estão mais de acordo com as propostas da educação e realidade atuais. O currículo na visão multicultural deve trabalhar em prol da formação das identidades abertas à pluralidade cultural, desafiadoras de preconceitos em uma perspectiva de educação para a cidadania, para a paz, para a ética nas relações interpessoais, para a crítica às desigualdades sociais e culturais.

     A seguir, um link para um vídeo sobre currículo e cultura, disponível na TV Escola, programa Salto para o futuro:

http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=3759

e um link para um arquivo pdf contendo um texto sobre o mesmo assunto: 

http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/175153Culturaviva.pdf




CURRÍCULO MULTICULTURAL


     Um currículo multicultural pode trabalhar em todas as perspectivas. Pode apresentar fases folclóricas, em que mostre a influência de diferentes povos na formação da cultura (como, por exemplo, a influência dos árabes nas ciências, na matemática; a influência dos africanos na cultura brasileira e de outros povos), como também pode, em outros momentos, trabalhar com a perspectiva multicultural crítica de desafio a preconceitos, formação da cidadania e questionamentos acerca da desigualdade que atinge determinados grupos (por exemplo, pode-se na literatura trabalhar com textos em que, apesar de ressaltado seu valor literário, apareçam traços preconceituosos contra negros, mulheres, idosos, e assim por diante, contextualizando essas idéias, mostrando suas raízes históricas, enfatizando a sua influência acerca do autor e revelando modos de vê-las e enfrentá-las nos dias atuais). No entanto, pode ainda em momentos diferentes, mostrar a diversidade dentro da diversidade. Nesse caso, por ex., pode questionar conceitos esteriotipados em notícias de jornal, que fazem referência a povos e grupos de maneira homogeneizadora. 

  Dessa forma, as demandas por um currículo multicultural, na época contemporânea de pluralidade cultural, de conflitos, de ataques terroristas de exasperação dos preconceitos e das diferenças, de desafios éticos na formação da juventude, tem sido enfatizada na literatura acerca do currículo, nacional e internacional.

     Por tudo isso até agora relatado, a seguir estão listados alguns princípios para construção de um currículo multicultural:
  1. Necessidade de nova postura por parte dos professores e gestores;
  2. O currículo deve ser um espaço no qual se reescreve o conhecimento escolar;
  3. O currículo deve ser um espaço em que se explicita a ancoragem social dos assuntos;
  4. O currículo deve permitir espaços para reconhecimento das identidades culturais específicas de cada local;
  5. O currículo deve ser um espaço de questionamento de nossas representações sobre os outros;
  6. O currículo deve ser um espaço de crítica culturas; e
  7. O currículo deve permitir o desenvolvimento de pesquisas.


ABORDAGEM CONCEITUAL DO CURRÍCULO

O QUE É CURRÍCULO?


==> Existem várias definições para o termo currículo:



     Refere-se ao conjunto de concorrências básicas, objetivos, conteúdos, critérios metodológicos e de avaliação que os estudantes devem atingir em um determinado nível educativo.
     De modo geral, o currículo responde às perguntas: 


O que ensinar?
                          Como ensinar?
                                                   Quando ensinar?
                                                                                  Como e quando avaliar?


    O currículo, no sentido educativo, é o desenho que permite planificar as atividades acadêmicas. Desta maneira, permite prever as coisas que temos de fazer para possibilitar a formação dos educandos.
     O conceito currículo, na atualidade, já não se refere só à estrutura formal dos planos e programas de estudo, mas a tudo aquilo que está em jogo tanto no aula como na escola.

   Os sentidos mais usuais do termo “currículo” se referem a planos e programas disciplinares, a objetivos educacionais, a conteúdos, ao conhecimento escolar e à experiência de aprendizagem.


    No Brasil, as discussões curriculares iniciaram somente a partir das décadas de 1920 a 1930, quando os pioneiros da escola nova realizaram as primeiras reformas curriculares isoladas.




     Para finalizar, um vídeo auto-explicativo sobre diferentes conceitos de currículo:

PARADIGMAS DO CURRÍCULO ESCOLAR

PARADIGMA DOMINANTE  X  PARADIGMA EMERGENTE

     No texto discutido em aula, foi destacado que o currículo de uma escola deve conter, além do currículo tradicional, a dinâmica das relações que vivenciamos no cotidiano. Por isso foi traçada a relação entre os dois paradigmas citados no título.


     O que se observar, com isso, é que o currículo não pode ser fixo. Ele deve respeitar as diversas culturas presentes em uma sala de aula.





     O currículo, portanto, não pode ser entendido como declaração de áreas, conteúdos e metodologias, mas como a soma de todo tipo de aprendizagens e de ausências que os alunos obtêm como conseqüência de estarem freqüentando a escola. Além disso, o currículo tem que ser entendido como cultura real, que surge de uma série de processos, mais que como objeto delimitado e estático que se pode planejar e depois implantar.


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